Portugal no Registo da Memória do Mundo da UNESCO


O Comité Consultivo Internacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) anunciou ter recomendado a inscrição de 78 novos bens no Registo da Memória do Mundo, incluindo três que envolvem Portugal. 

Em comunicado, a UNESCO revelou que este comité consultivo "examinou e avaliou novos itens de herança documental propostos por países pelo mundo fora, que se seguiu a um processo de dois anos como parte do ciclo de nomeações 2016-2017".

Assim, Portugal vê o seu nome na proposta de inscrição de três novos bens patrimoniais: os registos oficiais de Macau durante a dinastia Qing (1693-1886), partilhada com a China; os livros de vistos concedidos pelo cônsul português em Bordéus, Aristides de Sousa Mendes (1939-1940); e o Codex Calixtinus da Catedral de Santiago de Compostela e outras cópias medievais do Liber Sancti Jacobi, em colaboração com Espanha.
Estes conjuntos de documentos deverão vir a juntar-se a outros sete que já fazem parte deste lista, como o Diário da Primeira Viagem de Vasco da Gama à Índia (1477-1499), o Tratado de Tordesilhas, a Carta de Pêro Vaz de Caminha ao Rei D. Manuel I (1500) ou o Apocalipse do Lorvão (c. 1189).
A directora-geral da UNESCO, Irina Bokova, afirmou no mesmo comunicado ser sua "profunda e firme convicção que o programa da Memória do Mundo deve ser guiado no seu trabalho pela preservação da herança documental e da memória para benefício de gerações presentes e futuras no espírito do diálogo, da cooperação internacional e compreensão mútua, construindo a paz nas mentes das mulheres e dos homens".
Com as inclusões agora propostas, o registo da Memória do Mundo passará a contar com 427 documentos de todos os continentes, tendo já salvaguardado vários materiais em pedra, celulóide, pergaminho e gravações sonoras.






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