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A mostrar mensagens de dezembro, 2017

Escritor do mês: Afonso Cruz

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Além de escritor, Afonso Cruz é também ilustrador, cineasta e músico da banda The Soaked Lamb. Nasceu em 1971, na Figueira da Foz, e viria a frequentar mais tarde a Escola António Arroio, em Lisboa, e a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, assim como o Instituto Superior de Artes Plásticas da Madeira.Publicou o primeiro romance em 2008, A Carne de Deus — Aventuras de Conrado Fortes e Lola Benites (Bertrand), ao qual se seguiu, em 2009, Enciclopédia da Estória Universal (Quetzal Editores), distinguido com o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco. Em 2010, publicou Os Livros Que Devoraram o Meu Pai (Editorial Caminho), galardoado com o Prémio Literário Maria Rosa Colaço, e A Contradição Humana (Caminho), vencedor do prémio Autores SPA/RTP.Em 2012, foi distinguido com o Prémio da União Europeia de Literatura com o livro A Boneca de Kokoschka(Quetzal, 2010). Jesus Cristo Bebia Cerveja (Alfaguara, 2012) foi prémio Time Out – Livro do Ano e o Melhor Livro do Ano segundo os leit

Ilustradores Portugueses: Catarina Sobral

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Catarina Sobral nasceu em Coimbra em 1985. Licenciou-se em Design na Universidade de Aveiro e concluiu mais tarde um mestrado na área de Ilustração na Escola Superior de Educação e Ciências de Lisboa. Frequentou a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Barcelona, em regime de Erasmus. Aos 26 anos publicou o primeiro livro, Greve, que recebeu uma Menção Especial no Prémio Nacional de Ilustração referente ao ano de 2011. O livro seguinte é igualmente destacado: Achimpa (2012) venceu o Prémio AmadoraBD para Melhor Ilustração de Livro Infantil e o Prémio SPA para Melhor Livro Infantojuvenil. É, contudo, com O Meu Avô (2014) que o seu trabalho é pela primeira vez projetado internacionalmente: o livro dá-lhe a vencer o Prémio International Award for Illustration, distinguindo-a como a melhor ilustradora para a infância com menos de 35 anos, na Feira do Livro Infantil de Bolonha em 2014. Catarina Sobral alterna a publicação de livros com colaborações esporádicas com diversas ed

O Presépio

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Presépio da Oficina de Machado Castro Presépio do Palácio de Queluz. Silvestre Faria Lobo (atrib.). Séc. XIX. Terá pertencido à rainha D. Carlota Joaquina Um dos grandes símbolos religiosos, que retrata o Natal e o nascimento de Jesus é o presépio.  De acordo com Rafael Bluteau e Cândido de Figueiredo, a palavra “presépio” provem do latim “praesepium”, que genericamente significa curral, estábulo, lugar onde se recolhe gado e que, numa outra óptica designa qualquer representação do nascimento de Cristo, de acordo com os Evangelhos [LUCAS 2: 1 a 18) e MATEUS 2: 1 a 11]. O primeiro presépio do mundo teria sido montado em argila por São Francisco de Assis em 1223. Nesse ano, em vez de festejar a noite de Natal na Igreja, como era seu hábito, o S. Francisco fê-lo na floresta da cidade de Greccio, na Itália, para onde mandou transportar uma manjedoura, um boi e um burro, para melhor explicar o Natal às pessoas comuns, camponeses que não conseguiam entender a história do n

A poesia de Camilo Pessanha foi o tema do 2º Círculo de Leitura

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Realizou-se mais um encontro de entusiastas da literatura portuguesa, dinamizada pela Professora Anabela Amorim. Nesta sessão ficamos a compreender melhor a obra poética  Clepsidra,  de Camilo Pessanha .  Clepsidra , título da colectânea de poemas, é um instrumento de medição do tempo utilizado na Grécia pelos oradores. Foneticamente o título lembra igualmente "hidra", o monstro marinho devorador. O título sugere a fragilidade da vida e da condição humana, para o fluir inexorável do tempo, que não deixa que nada se fixe na retina (poema "Imagens que passais pela retina"). Estes são os grandes temas da obra: a efemeridade de tudo quanto passa, a perda, a inutilidade do que se faz ou vive.  Imagens que passais pela retina  Dos meus olhos, porque não vos fixais?  Que passais como a água cristalina  Por uma fonte para nunca mais!...  Ou para o lago escuro onde termina  Vosso curso, silente de juncais,  E o vago medo angustioso domina,  _ Porque ides

Figurado em Barro de Estremoz reconhecido como Património Cultural Imaterial da Humanidade

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A inscrição da "Produção de Figurado em Barro de Estremoz" na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade, foi aprovada no decurso da 12.ª Reunião do Comité Intergovernamental da UNESCO para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, que entre 4 e 9 de Dezembro decorreu no Centro Internacional de Convenções Jeju, na ilha de Jeju, na República da Coreia. Reconhecimento planetário A inscrição do figurado de barro de Estremoz na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade, é o reconhecimento planetário do labor e criatividade dos barristas do passado e do presente, que com as suas mãos mágicas e desde as bonequeiras de setecentos, transmitiram de geração em geração e até à actualidade, uma manufactura “sui generis” de figurado de barro, dita ao “modo de Estremoz”. É também o reconhecimento do mérito visionário do escultor José Maria de Sá Lemos (1892-1971), director nos anos 30-40 do século passado, da Escola Indu