Uma Viagem à Índia


Chegou à nossa biblioteca "Uma Viagem à Índia" de Gonçalo M. Tavares. Esta obra tem sido considerada por muitos, um dos marcos editoriais portugueses e merece a atenção de todos, mesmo os que não revelam um especial interesse por poesia!
O livro recebeu elogios entusiásticos da maioria dos críticos e de quem reflete sobre a nossa cultura:
«Uma Viagem à Índia é um livro que vai marcar com certeza, não apenas a História da Literatura Portuguesa mas provavelmente a cultura europeia» (Vasco Graça Moura, na apresentação da obra, CCB, 13/11/2010).

«Este é um livro a muitos títulos surpreendente. Não pelo ineditismo ou pela novidade das peripécias, não por aspectos empolgantes da acção, mas, desde logo, pela maneira como, nele, caleidoscopicamente tudo se eleva à dignidade de literatura enquanto meio para retratar, talvez dizendo melhor, radiografar a condição humana.» (Vasco Graça Moura, na apresentação da obra, CCB, 13/11/10).

«Uma Viagem à Índia, com consciência aguda da sua ficcionalidade, navega e vive entre os ecos de mil textos-objectos do nosso imaginário de leitores. Como são todos os grandes livros, e este é um deles.» (Eduardo Lourenço, prefácio à obra)

«É um livro cheio de fantasmas, fantasmas dos Lusíadas, fantasmas do homem contemporâneo, uma viagem, uma antiepopeia, e é um livro extraordinário. Estou convencido de que dentro de cem anos ainda haverá teses de doutoramento sobre passagens e fragmentos». (Vasco Graça Moura, «A Torto e a Direito», TVI24, 6/11/10)

«Uma obra que o confirma como uma voz absolutamente singular da actual literatura portuguesa. […] Em quase uma década de publicação, Gonçalo M. Tavares, 40 anos, afirmou-se como um «senhor» da literatura. Ousou agora seguir o canto de Camões em Os Lusíadas, mas para narrar a odisseia de um homem simples nos tempos que correm. Uma Viagem à Índia, que acaba de publicar e que Eduardo Lourenço considera uma «navegação de alma pós-moderna», é uma verdadeira epopeia «mental». (Luís Ricardo Duarte e Maria Leonor Nunes, JL, 20/11/10)

«Um texto que se faz a si próprio à medida que avança, desprezador dos códigos literários instituídos, dotado de uma filosofia do corpo […]. Livro absolutamente inolvidável por mais anos que se viva. Ou, de outro modo, um livro para a eternidade.» (Miguel Real, JL, 20/10/10)

«Volume com uma ambição literária ímpar.» (Visão, 11/11/10)

«Sob a forma de uma moderna epopeia (o que nem sempre coincide com uma anti-epopeia), ele é simultaneamente – e essa é uma das razões da sua grandeza – uma figuração interpretativa da época e uma teoria da forma do romance num mundo em que a realidade só fornece a esse género literário e à arte em geral, um terreno desfavorável, de tal modo que o problema central do romance é o fim das formas totais e acabadas. […] [Situamos Bloom na distinta família de que fazem parte o último homem de Nietzsche, o Monsieur Teste de Valéry, o Plume de Michaux, o Bernardo Soares, o Bartleby de Melville […] Mais do que uma personagem, é um princípio irradiante, nome da bloomificação do mundo. É a excelentíssima figura de um péssimo histórico, cultural e antropológico.» (António Guerreiro, Expresso, 6/11/10)

«Uma Viagem à Índia é o momento mais ambicioso de uma obra pessimista que não abdica da memória e da exigência.» (Pedro Mexia, Público, «Ípsilon», 29/10/10)